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Cotidiano>> Pesquisa desmistifica vazão do rio Amazonas

domingo, 17 de maio de 2009 | 17.5.09 WIB Last Updated 2010-02-08T18:41:25Z
Pesquisadores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) foram até Óbidos, no Pará, para estudarem a vazão das águas do rio Amazonas.
Fonte e foto: Agência EM TEMPO
Pesquisadores e alunos do curso de meteorologia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) que realizaram expedição para medir a vazão do rio Amazonas confirmam que esta é, sem dúvida, a cheia mais forte da história dos registros de elevação do nível d’água na região do rio Amazonas. Mas mostram, por outro lado, que a relação entre cheia e vazão do rio não é direta, como se esperava.

Coordenada pelo professor da UEA e especialista em estudo dos rios Naziano Filizola, a atividade contou com a presença dos pesquisadores Pascal Fraizy, do (IRD), hidrólogo francês, Valdemar Guimarães, hidrólogo e superintendente de Gestão da Rede Hidrométrica Nacional da Agência Nacional de Águas (ANA), Roseilson do Vale, aluno de mestrado da UEA e do Inpa Manaus, Helena Mourão (aluna de especialização em gestão ambiental da UEA) e alunos de graduação de Meteorologia da UEA: Mateo Ballester, Larissa Passos, Miryam Filho, Ana Cris de Oliveira e Raimundo Rocha.

Ao chegar à região de Óbidos, no rio Amazonas, no início de maio, a equipe realizou uma visita à área atingida pela cheia, onde foi verificado que o nível atual superou em muito o da última grande cheia de caráter regional na região Amazônica (1953).

“Alunos e professores se prepararam para a medição da vazão no rio Amazonas, naquela que é a mais importante estação hidrológica do mundo, já que por ela passa o maior volume de água que um rio do planeta lança no oceano (210 mil metros cúbicos por segundo de média anual), equivalente à quantidade de água necessária para encher aproximadamente 100 piscinas olímpicas por segundo”, explicou o professor, acrescentando que no total foram realizadas 20 medições, utilizando uma sonda Doppler com frequência de 600kHz (ADCP).

Ao detalhar a atividade de medição da vazante, Naziano disse que a orientação e o deslocamento da embarcação tiveram seu monitoramento realizado com outro GPS, acoplado a um outro computador, obtendo dados de navegação independente do ADCP de forma que um sistema pudesse controlar o outro. “Assim, como resultados obtiveram um valor médio de 238.655 metros cúbicos por segundo, com uma variação para mais ou para menos de até 3%. Esse foi o resultado da vazão medida para a maior cheia já registrada em Óbidos, desmistificando estudos anteriores”, acrescentou. Assim, pode-se afirmar que não necessariamente ao nível mais alto do rio (maior cheia) corresponde a maior vazão, desmistificando outros estudos, que apontavam para uma vazão recorde de 280 mil metros cúbicos por segundo.

Permitida reprodução deste citada a fonte.
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