Um presépio gigante foi montado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Foi preciso um guindaste para coroar os reis magos. Ainda estava claro e os encantos do presépio já se faziam notar. Mas foi à noite que ele se tornou enorme. Como se não bastassem as centenas de luzes, o maior presépio que a cidade já teve foi inaugurado com fogos de artifício e o nascimento de Jesus virou conto de fadas.
“Achei muito lindo, muito ‘natalesco’. Creio que as pessoas vão se emocionar com o Natal de Brasília”, comentou a estudante Priscila Carla Freitas de Oliveira.
E o criador nunca havia feito uma manjedoura. Joãozinho Trinta, mestre das escolas de samba, usou bonecos de espuma e castiçais feitos de bacias. Mas disse que não se inspirou nos carros alegóricos e sim, na imensidão da Esplanada dos Ministérios.
“Na verdade eu não vou mudar de ramo, não. Até porque a gente pode servir aos dois senhores. Pode fazer a festa pagã e pode fazer a festa sacra”, disse Joãozinho.
Nem nos carnavais do Rio de Janeiro Joãozinho Trinta construiu uma alegoria desse porte em tão pouco tempo. Apenas uma semana para esculpir os bonecos - de até sete metros de altura - e montar todo o presépio.
Trabalho concluído, os responsáveis pela realização do projeto se reuniram para uma merecida fotografia. “O nosso time ficou trabalhando, virando noite. Ontem, às 3h, todos estavam preocupados para ver se a tempestade que caiu causou algum dano. Mas deu tudo certo. Deus ajudou”, contou o analista de sistemas Naterson de Souza.
Trabalho recompensado: “Ficou muito bonito mesmo. Muita coisa para mostrar, daquilo que eu não cheguei a ver e agora estou vendo aqui”, elogiou a aposentada Maria de Jesus.
E como bem lembrou o auxiliar de serviços gerais José Antunes, pela primeira vez o personagem da história foi homenageado à altura. “Eu amei isso aqui. Como é que pode ter festa sem aniversariante? O ponto principal, o Menino Jesus, eles destacaram muito bem”.
O presépio ficará montado no gramado da Esplanada dos Ministérios até o dia 6 de janeiro de 2008.
Permitida reprodução deste citada a fonte.
