A grande repercussão em Manaus da entrevista concedida ao “Fantástico”, da Rede Globo, no último domingo, 20, não mudou a opinião do público sobre o envolvimento do casal Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, na morte de Isabella Nardoni, 5, assassinada no dia 29 de março, em São Paulo.
Nas ruas da cidade, o clima de ‘revolta’ apenas se intensificou com a exibição da entrevista. A maioria das pessoas não acredita na inocência do pai e da madrasta da criança e acha que as provas apresentadas pela perícia são suficientes para que os dois sejam condenados.
O comerciante Elias Trepak, 54, por exemplo, acredita que as cenas de choro de Ana Carolina Jatobá, durante a entrevista, apenas reforçam a idéia de ‘cinismo’ do casal. “Quem fala sem olhar nos olhos da pessoa não está falando a verdade”, opina. Outras pessoas acreditam que a motivação para o crime foi o excesso de ciúmes da madrasta de Isabella. “Aquela criança era meiga demais com o pai e esse fato pode ter gerado um desconforto em Ana Jatobá”, teoriza a agente de turismo Regiane Amazonas, 30, também madrasta.
Para o defensor público Lino Chíxaro, a intenção da entrevista não era mudar a opinião das pessoas, mas gerar uma dúvida sobre o caso. “Percebi que a tática da defesa não era provar a inocência do casal e, sim, que as provas eram insuficientes para acusá-los.
A dúvida gera proveito aos réus”, explica Chíxaro, acrescentando que o clamor popular é legítimo, mesmo porque desde cedo as pessoas aprendem a conviver com o direito alheio.
Fonte: EM TEMPO/AM
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