Fonte: ALEAM
Os gastos da Petrobras, que está investindo R$ 4,58 bilhões no gasoduto Coari-Manaus, sem a obra ter sido entregue, levaram o deputado Ângelus Figueira (PV) a manifestar-se no plenário da Assembléia Legislativa. Ele recebeu o apoio de outros deputados, que também consideram a cifra muito alta para uma obra que, conforme a estatal, vai ser entregue somente em setembro e, no entanto, as matrizes que vão gerar energia ainda não estão prontas.
Figueira lembrou que no projeto inicial, em 2006, o gasoduto deveria sair por R$ 1,3 bilhões e que deveria ter sido entregue a sociedade em novembro de 2008, visando abastecer a cidade de Manaus e algumas cidades como Iranduba, Manacapuru, Tefé e Beruri com o gás natural.
Ele disse que até o ano passado já haviam sido gastos mais de R$ 2,4 bilhões, quase que o dobro do orçamento inicial, e a obra não foi entregue. “Atualmente a obra já está na casa dos R$ 4 bilhões, sem contudo, ter sido concluída, o que me leva a crer que houve falta de planejamento e descaso com o dinheiro público”, disse.
O mais grave na opinião do deputado é que enquanto a Petrobras aponta que fará a entrega do gasoduto em 90 dias, a Companhia de Gás do Amazonas (CIGÁS), que fará a distribuição do produto, ainda não aprontou a rede de distribuição de gás natural. “Sequer foi feita a licitação para que as usinas façam a mudanças das matrizes energéticas para receber o gás natural”, disse.
Atualmente, conforme a Petrobras, cerca de 80% da produção de gás natural na Bacia do Solimões é reinjetada, porque não há gasoduto para levar o produto ao mercado consumidor.
O restante é transformado em GLP (gás de cozinha) ou utilizado para consumo interno pela estatal. Segundo a estatal, o volume de gás natural produzido hoje na Bacia do Solimões, cerca de 10,3 milhões de metros cúbicos/dia, corresponde a um terço do volume contratado pela Petrobras com a Bolívia (30,08 milhões de metros cúbicos/dia.
O deputado Marco Antonio Chico Preto (PMDB) tem profunda desconfiança de que não há interesse das produtoras independentes de energia -que hoje queimam óleo combustível- em usar o gás natural. Ele explicou que existe um total descontrolo no abastecimento de combustível o que vai ser freado com a chegada do gás natural, porque há uma espécie de controle no sistema que permite a Cigás pagar apenas o que for consumido.
“Será que a máfia do combustível não está patrocinando essa resistência para que as produtoras independentes não mudem suas matrizes, haja vista que trabalhar com diesel elas faturam mais?”, questionou.
Os gastos da Petrobras, que está investindo R$ 4,58 bilhões no gasoduto Coari-Manaus, sem a obra ter sido entregue, levaram o deputado Ângelus Figueira (PV) a manifestar-se no plenário da Assembléia Legislativa. Ele recebeu o apoio de outros deputados, que também consideram a cifra muito alta para uma obra que, conforme a estatal, vai ser entregue somente em setembro e, no entanto, as matrizes que vão gerar energia ainda não estão prontas.
Figueira lembrou que no projeto inicial, em 2006, o gasoduto deveria sair por R$ 1,3 bilhões e que deveria ter sido entregue a sociedade em novembro de 2008, visando abastecer a cidade de Manaus e algumas cidades como Iranduba, Manacapuru, Tefé e Beruri com o gás natural.
Ele disse que até o ano passado já haviam sido gastos mais de R$ 2,4 bilhões, quase que o dobro do orçamento inicial, e a obra não foi entregue. “Atualmente a obra já está na casa dos R$ 4 bilhões, sem contudo, ter sido concluída, o que me leva a crer que houve falta de planejamento e descaso com o dinheiro público”, disse.
O mais grave na opinião do deputado é que enquanto a Petrobras aponta que fará a entrega do gasoduto em 90 dias, a Companhia de Gás do Amazonas (CIGÁS), que fará a distribuição do produto, ainda não aprontou a rede de distribuição de gás natural. “Sequer foi feita a licitação para que as usinas façam a mudanças das matrizes energéticas para receber o gás natural”, disse.
Atualmente, conforme a Petrobras, cerca de 80% da produção de gás natural na Bacia do Solimões é reinjetada, porque não há gasoduto para levar o produto ao mercado consumidor.
O restante é transformado em GLP (gás de cozinha) ou utilizado para consumo interno pela estatal. Segundo a estatal, o volume de gás natural produzido hoje na Bacia do Solimões, cerca de 10,3 milhões de metros cúbicos/dia, corresponde a um terço do volume contratado pela Petrobras com a Bolívia (30,08 milhões de metros cúbicos/dia.
O deputado Marco Antonio Chico Preto (PMDB) tem profunda desconfiança de que não há interesse das produtoras independentes de energia -que hoje queimam óleo combustível- em usar o gás natural. Ele explicou que existe um total descontrolo no abastecimento de combustível o que vai ser freado com a chegada do gás natural, porque há uma espécie de controle no sistema que permite a Cigás pagar apenas o que for consumido.
“Será que a máfia do combustível não está patrocinando essa resistência para que as produtoras independentes não mudem suas matrizes, haja vista que trabalhar com diesel elas faturam mais?”, questionou.
O deputado Liberman Moreno (PHS) propôs que os deputados chamem a atenção do governo federal para essa obra. Ele disse que a Prefeitura Municipal de Manaus tem o dever de cobrar a colocação dos dutos na cidade. “Eu vou conversar esse assunto com o prefeito Amazonino Mendes”, disse.
>>Dados oficiais
Relatório do Comitê de representantes da Eletrobras, Petrobras, Amazonas Energia e Cigás, encarregado de avaliar o custo do transporte do gás natural aponta que o orçamento para a construção gasoduto Urucu-Manaus, da Petrobras, teve um aumento de 84% desde o início da obra, em 2006, até março desde ano. O valor inicial previsto pela estatal era de R$ 2,4 bilhões agora o valor chega a R$ 4,58 bilhões.
No documento, a estatal diz que o motivo do encarecimento da obra seriam os aditivos contratuais com as empreiteiras envolvidas na obra. De acordo com fontes da empresa, mais um destes aditivos, no valor de R$ 200 milhões, estaria sendo negociado entre a Petrobras e o consórcio Consag (das construtoras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia), responsável pela construção do trecho do gasoduto entre Coari e Anamã. A estatal, no entanto, nega a articulação.
Os aditivos nos contratos estão entre os objetos de investigação da CPI da Petrobras. A Petrobras tem autonomia para contratar grandes obras sem licitação pública. O Tribunal de Contas da União, no entanto, tem questionado os aditivos contratuais acima de 25%, limite permitido por lei.
Permitida reprodução deste citada a fonte.
>>Dados oficiais
Relatório do Comitê de representantes da Eletrobras, Petrobras, Amazonas Energia e Cigás, encarregado de avaliar o custo do transporte do gás natural aponta que o orçamento para a construção gasoduto Urucu-Manaus, da Petrobras, teve um aumento de 84% desde o início da obra, em 2006, até março desde ano. O valor inicial previsto pela estatal era de R$ 2,4 bilhões agora o valor chega a R$ 4,58 bilhões.
No documento, a estatal diz que o motivo do encarecimento da obra seriam os aditivos contratuais com as empreiteiras envolvidas na obra. De acordo com fontes da empresa, mais um destes aditivos, no valor de R$ 200 milhões, estaria sendo negociado entre a Petrobras e o consórcio Consag (das construtoras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia), responsável pela construção do trecho do gasoduto entre Coari e Anamã. A estatal, no entanto, nega a articulação.
Os aditivos nos contratos estão entre os objetos de investigação da CPI da Petrobras. A Petrobras tem autonomia para contratar grandes obras sem licitação pública. O Tribunal de Contas da União, no entanto, tem questionado os aditivos contratuais acima de 25%, limite permitido por lei.
Permitida reprodução deste citada a fonte.