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O ministro Nélson Jobim, na ocasião, disponibilizou contato com a Marinha, para discutir a energia solar que vai alimentar as atividades do barco-escola.
A mostra prossegue até o dia 30 na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal. Dentre os projetos apresentados, o SENAI Amazonas expõem o conceito inovador de disseminar a educação profissional pelas cidades ribeirinhas à margem dos rios da Amazônia, por meio do barco-escola Samaúma.
Duas maquetes das unidades Samaúma e do projeto executivo do Samaúma II compõem o estande do Amazonas, coordenado pela Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (SECT), ao lado de mais 14 órgãos do setor público, empresarial e instituição de ensino.
O projeto Samaúma II, primeiro barco-escola de alto desempenho do Sistema SENAI, com previsão de entrar em construção até o final do ano, atrai tanto o público acadêmico como científico. A nova versão do Samaúma traz as perspectivas de ser um barco-escola verde que levará conhecimento profissionalizante com apelo ecológico e sustentável, formando mão-de-obra para atender o potencial produtivo e econômico de cada município aportado.
Para o professor aposentado da cadeira de Botânica Marinha Econômica, Clementino Câmara Neto, a população brasileira está separada em duas classes: indivíduos informados e sem informação. Segundo ele, a falta de acessibilidade à educação prejudica a economia, retarda o desenvolvimento do país e eleva o número de desemprego, miséria e criminalidade.
Na avaliação do professor, esse cenário pode ser modificado com sérias e bem-sucedidas políticas públicas na área de educação básica e profissional, além do apoio do segmento privado, empresarial e industrial na ampliação do conhecimento à parcela da sociedade menos favorecida.
Ao conhecer o trabalho do barco-escola Samaúma, ficou fascinado com o trabalho desenvolvido pelo SENAI/AM, que com essa iniciativa transmite o compromisso de instituição de credibilidade e comprometida com o desenvolvimento sustentável das pequenas cidades brasileiras.
“A população excluída, que também chamo de resíduo social brasileiro, tem o direito a educação. O governo ainda não conseguiu atender a todos, por isso a importância de ações voluntárias no sentido de promover o aprendizado convencional e a qualificação profissional dos cidadãos sem recurso”, diz Clementino Neto.
De acordo com o professor universitário, as comunidades interioranas possuem grande potencial pouco aproveitado pelos seus grandes polos produtivos. “São trabalhadores com experiências vividas no dia a dia muitas vezes desprezadas e o SENAI está de parabéns em aproveitar essa tendência local, desenvolvendo sua programação de curso de acordo com o potencial de cada município atendido pelo barco Samaúma”, apontou Clementino.
O Samaúma é uma unidade fluvial em atividade desde junho de 1979,que dissemina a educação profissional nas comunidades ribeirinhas distantes da capital do Amazonas e demais capitais circunvizinhas.
Fonte: Ass. de Comunicação Sistema FIEAM
Foto: Evelyn Lima, de Natal/RN
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