Fonte: Portal Amazônia
Um menino indígena de 11 meses de idade morreu ontem (13), no Pronto-Socorro Infantil Dr. João Lúcio, o ‘Joãozinho’, na zona Leste de Manaus, dois dias após ter sido agredido pela mãe, da etnia Kulina, enquanto se recuperava de um quadro grave de desnutrição, segundo relato do diretor da unidade, Joaquim Alves. A informação é do jornal Diário do Amazonas.
O bebê chegou na UTI do João Lúcio no último dia 9, com desnutrição em estágio avançado, de acordo com Joaquim Alves. Após passar sete dias na UTI, foi transferido para a enfermaria neonatal, onde ficou em observação na companhia da mãe.
Conforme informou o diretor do Pronto-Socorro, na noite da última quarta-feira (11), uma mulher que acompanhava outra criança em um berço próximo de onde estava o menino indígena, chamou os enfermeiros, quando viu a mãe tentando sufocar a criança com lençóis.
- Ao ver os enfermeiros, a indígena começou a socar o filho contra as grades do berço, causando um traumatismo craniano – relatou o médico.
O menino foi levado imediatamente para a reanimação e, segundo Alves, apresentou quadro estável até o meio-dia de ontem, quando sofreu uma parada respiratória e morreu.
Funasa
A direção do Pronto-Socorro procurou a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para prestar assistência social e psicológica à índia Kulina. Segundo Alves, ela foi levada para a Casa de Saúde do Índio de Manaus (Casai Manaus), onde permanece até hoje (14). Segundo o órgão, ela não portava nenhum documento de identidade e por isso, não há como precisa a idade dela.
De acordo com a assessoria de comunicação da Funasa, a mãe do bebê foi atendida por psicólogos e assistentes sociais e deve ser levada ainda hoje, juntamente com o corpo da criança, para a aldeia, que fica no interior do município de Eirunepé (a 1.160 quilômetros a sudoeste de Manaus).
Orientação
O Ministério Público Federal (MPF) também foi acionado pelo diretor do João Lúcio para orientar sobre as medidas cabíveis para apurar as causas da agressão atribuídas à mãe.
A procuradora da República Luciana Gadelha disse que orientou o Pronto-Socorro a encaminhar o caso a Promotoria da Infância e Juventude do Estado do Amazonas, já que há indícios de que a mãe da criança é menor de 18 anos.
- O caso requer uma análise mais abrangente dos costumes dos Kulina e das condições psicológicas e físicas da mãe, para que não haja interpretações incorretas do fato – ressaltou a procuradora.
De acordo com o diretor da unidade, o caso será relatado oficialmente à Promotoria da Infância e Juventude na próxima segunda-feira (16).
Permitida reprodução deste citada a fonte.
Um menino indígena de 11 meses de idade morreu ontem (13), no Pronto-Socorro Infantil Dr. João Lúcio, o ‘Joãozinho’, na zona Leste de Manaus, dois dias após ter sido agredido pela mãe, da etnia Kulina, enquanto se recuperava de um quadro grave de desnutrição, segundo relato do diretor da unidade, Joaquim Alves. A informação é do jornal Diário do Amazonas.
O bebê chegou na UTI do João Lúcio no último dia 9, com desnutrição em estágio avançado, de acordo com Joaquim Alves. Após passar sete dias na UTI, foi transferido para a enfermaria neonatal, onde ficou em observação na companhia da mãe.
Conforme informou o diretor do Pronto-Socorro, na noite da última quarta-feira (11), uma mulher que acompanhava outra criança em um berço próximo de onde estava o menino indígena, chamou os enfermeiros, quando viu a mãe tentando sufocar a criança com lençóis.
- Ao ver os enfermeiros, a indígena começou a socar o filho contra as grades do berço, causando um traumatismo craniano – relatou o médico.
O menino foi levado imediatamente para a reanimação e, segundo Alves, apresentou quadro estável até o meio-dia de ontem, quando sofreu uma parada respiratória e morreu.
Funasa
A direção do Pronto-Socorro procurou a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para prestar assistência social e psicológica à índia Kulina. Segundo Alves, ela foi levada para a Casa de Saúde do Índio de Manaus (Casai Manaus), onde permanece até hoje (14). Segundo o órgão, ela não portava nenhum documento de identidade e por isso, não há como precisa a idade dela.
De acordo com a assessoria de comunicação da Funasa, a mãe do bebê foi atendida por psicólogos e assistentes sociais e deve ser levada ainda hoje, juntamente com o corpo da criança, para a aldeia, que fica no interior do município de Eirunepé (a 1.160 quilômetros a sudoeste de Manaus).
Orientação
O Ministério Público Federal (MPF) também foi acionado pelo diretor do João Lúcio para orientar sobre as medidas cabíveis para apurar as causas da agressão atribuídas à mãe.
A procuradora da República Luciana Gadelha disse que orientou o Pronto-Socorro a encaminhar o caso a Promotoria da Infância e Juventude do Estado do Amazonas, já que há indícios de que a mãe da criança é menor de 18 anos.
- O caso requer uma análise mais abrangente dos costumes dos Kulina e das condições psicológicas e físicas da mãe, para que não haja interpretações incorretas do fato – ressaltou a procuradora.
De acordo com o diretor da unidade, o caso será relatado oficialmente à Promotoria da Infância e Juventude na próxima segunda-feira (16).
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