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Meio Ambiente e Você>> Câmara Municipal de Manaus está discutindo construção do Porto das Lajes

quinta-feira, 16 de abril de 2009 | 16.4.09 WIB Last Updated 2009-04-22T00:44:33Z
O bairro da Colônia Antônio Aleixo, zona Leste de Manaus, ficará a sede do 'Porto das Lajes', um perigo ao meio ambiente.
Foto: NCPAM
Fonte: Portal da CMM
A Câmara Municipal de Manaus (CMM) está realizando, agora à tarde (16), uma audiência pública requerida pelo vereador Marcelo Ramos (PCdoB), para discutir a construção do Projeto Portuário das Lajes, ou Porto das Lajes como é mais conhecido, uma obra prevista para as proximidades do Encontro das Águas, que está causando polêmica nos meios políticos e comunitários.

A reunião foi aberta pelo próprio Marcelo, que a seguir transferiu a presidência ao vereador Mário Bastos (PRB), presidente da Comissão de Vigilância Permanente da Amazônia e do Meio Ambiente.

Estão participando do debate vários vereadores e representantes de entidades da sociedade civil organizada, como o Clube de Dirigentes Lojistas, Federação das Indústrias, prefeitura de Manaus, Assembléia Legislativa, Ordem dos Advogados do Brasil, Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas e, ainda, Arquidiocese de Manaus e movimentos populares, além do diretor da Lajes Logísticas S. A., Lauritis Hausen.

Ao abrir a sessão, Marcelo Ramos disse que não há desenvolvimento econômico sem prejuízos ambientais, por isso é preciso garantir medidas compensatórias para a comunidade, e opôs a visita de uma comissão de vereadores ao local.

O primeiro palestrante foi o diretor da empresa responsável pela construção do porto. Lauritis Hausen justificou que não compareceu à primeira reunião convocada pela CMM porque a empresa ainda está complementando estudos solicitados pelo Ipaam. Mesmo assim, ele apresentou conceitos e linhas gerais do projeto.

Segundo Hausen, a empresa é sócia do grupo Simões, que atua há mais de 40 anos no Amazonas. Ele disse ainda que a obra irá movimentar R$ 200 milhões, gerar 600 empregos diretos na fase de implantação e 200 outros quando construída, o que ele acha importante no momento em que o país enfrenta reflexos de crise econômica mundial. Hausen descartou o perigo de danos ambientais causados pelo empreendimento e ressaltou as vantagens que o novo porto trará para o desenvolvimento econômico do Estado. Ele garantiu que o porto estará abaixo do Encontro das Águas e irá diminuir riscos de navegação numa extensão de mais de dez quilômetros, evitando que os navios naveguem perto das balsas que servem à rodovia BR-319, ou dos portos da refinaria, do Comando Naval e de outros portos comerciais particulares.

Na visão do empreendedor, a construção do porto próximo do Distrito Industrial evitará também o tráfego de caminhões e carretas pelo centro da cidade, o que representa ganho para a cidade. "O projeto é sustentável, está sendo implantado numa área de mata secundária que foi fazenda de criação de gado, ocupará apenas 156 mil metros quadrados em terreno de mais de 600 mil metros quadrados, o que significa que mais de 70% da área ficará intacto", informou o empresário. Segundo Lauritis Hausen, o projeto terá estação de tratamento de esgoto, sistema de prevenção e controle de vazamento de óleo, neutralização de emissões de carbono compensando emissões de gases de efeito estufa, um parque botânico, um centro de educação ambiental e de pesquisa ambiental para produção de mudas para reflorestamento e incentivo à produção de conhecimento sobre meio ambiente e preservação florestal.

"Não haverá agressão ao meio ambiente nem à paisagem, nem existe o risco de interferência com o micro-sistema ecológico do Lago do Aleixo", garantiu, lembrando que nas proximidades existem outros portos em funcionamento, além do mirante da Embratel e outras construções na orla do rio e próximas ao Encontro das Águas.

Permitida reprodução deste citada a fonte.
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