O promotor de Justiça Rogério Marques Santos, informou que vai oficializar ainda nesta sexta-feira (16), o pedido de transferência do ex-prefeito de Coari Adail Pinheiro que está preso em um Quartel da Polícia Militar (PM), para o presídio federal de Campo Grande (MG).A Procuradoria Geral de Justiça assinou ontem (15) uma portaria que nomeia o Rogério Santos para atuar na promotoria da 2º Vara da Comarca de Coari, na qual tramita o processo que acusa Adail Pinheiro de pedofilia.
O ex-prefeito de Coari está preso preventivamente há 32 dias. Ele passou os primeiros quatro dias em uma cela do Instituto Penal Antônio Trindade (IPAT) e depois foi transferido para um alojamento do Complexo de Policiamento Especial da Polícia Militar (CPE) no bairro Dom Pedro, na zona Centro-Oeste de Manaus, onde está desde o dia 18 de setembro. Segundo denúncias, ele estaria recebendo regalias por parte da direção e dos subordinados do CPE.
O advogado de Adail, Roosevelt Jobim, informou que a transferência de Adail para uma penitenciária local é inviável em função da estruura física do local.
>>Regalias à vista
Na última semana, o Poder Executivo tem sido questionado sobre possíveis privilégios que seriam concedidos aos presos que estão em batalhões da PM, tais como comida e visitas diferenciadas. De acordo com denúncias veículadas na imprensa local, Adail Pinheiro é apontado juntamente com o deputado cassado Wallace Souza, o filho dele Raphael Souza, de receber regalias no Batalhaõa da PM.
O presidente do Tribunal de Justiça do Estado (TJAM), desembargador Domingos Jorge Chalub, disse no início da semana, que a responsabilidade na decisão do destino dos presos custodiados que estão em alojamentos da PM, é da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (SEJUS).
Segundo o desembargador, a atual situação carcerária em Manaus deve ser analisada com prudência e resolvida da forma mais efetiva. Segundo ele, a medida deve ser adotada para não causar um ‘problema sério na capital’, uma vez que a população questiona a transferência dos presos de Cadeias Públicas, para os batalhões.
"Quem tem que dar o destino ao encarcerado é quem comanda o sistema penitenciário. A responsabilidade é do Poder Executivo, a não ser que haja denúncia de que o preso esteja sendo maltratado", disse.
Fonte: Portal Amazônia
Foto: Reprodução
Permitida reprodução deste citada a fonte.