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Político>> Vereadores e reitoria da UFAM discutem resultados negativos do ENEM para os vestibulandos locais

segunda-feira, 10 de maio de 2010 | 10.5.10 WIB Last Updated 2010-05-11T02:10:18Z
O resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) que classificou o Amazonas na última posição no ranking nacional e a frustração dos vestibulandos do curso de Medicina da UFAM que perderam as vagas para estudantes oriundos dos Estados foi destaque hoje (10) na Câmara Municipal de Manaus. A pauta teve por iniciativa do vereador Gilmar Nascimento (PSB) que requereu uma audiência pública para debater o assunto.

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A reitora da UFAM (Universidade Federal do Amazonas), Márcia Perales esteve presente, à frente de pró-reitores da instituição. Também compareceu o professor Tenório Teles como representante da Academia de Letras do Amazonas, e líderes estudantis, que se disseram dispostos a reeditar os ‘caras pintadas’ e saírem às ruas em protesto se a situação não for revertida.

Os vereadores defenderam um mecanismo que assegure a acessibilidade dos estudantes amazonenses às universidades públicas. Para Gilmar Nascimento, a ocupação de vagas por estudantes de outros Estados causa frustração e prejuízos para os alunos amazonenses e seus familiares.

O presidente da CMM, vereador Luiz Alberto Carijó (PTB), explicou que o problema não está na UFAM, já que a questão é nacional. O vereador Homero de Miranda Leão (PHS) questionou porque o curso de Medicina teve 100% dos alunos oriundos do Sul e Sudeste e o vereador Mário Frota (PDT) disse que não acredita que os jovens amazonenses sejam menos inteligentes que os sulistas.

Na opinião de Frota, o problema reside na baixa qualidade do ensino público fundamental e médio, que tem escolas precárias e salários aviltantes se comparado ao Sul e Sudeste brasileiro. O vereador Marcel Alexandre (PMDB) criticou o PT pela adoção de políticas ditatoriais definidas por um grupo de radicais que fazem temer que o país se transforme em Cuba.

O vereador Hissa Abrahão (PPS) entende que a solução não depende apenas da UFAM e acusou os maus políticos que não investiram em educação. Segundo ele, há anos os alunos amazonenses não são bem sucedidos no vestibular. “Mas não posso criticar o paranaense, o paulista e outros alunos de outros Estados que estudam na UFAM”, concluiu.

O vereador Isaac Tayah (PTB) defendeu a adoção de políticas que atendam a demanda local de alunos, para que não percam seus direitos. O vereador Marcelo Ramos (PSB) lembrou que ingressou no curso de Direito da UFAM em 1982, e dos 45 colegas da sua turma só tinha um oriundo da rede pública de ensino. De acordo com Ramos o processo de exclusão dos alunos da rede pública ocorre há muito tempo. O vereador José Ricardo (PT) entende que a discussão deve girar em torno das razões que colocam o Amazonas em último lugar no ranking nacional do ENEM.

A reitora Márcia Perales esclareceu que a UFAM aderiu ao processo do ENEM com a reserva de 50% das vagas do curso de Medicina para os alunos locais, portando não procede a informação que 100% das vagas foram preenchidas com alunos oriundos de outros Estados. Márcia admitiu que o sistema de ensino superior no mundo é um dos processos mais excludentes existentes e no Brasil não é diferentes. A reitora sugeriu que sejam feitos maiores investimentos na educação em todos os níveis, do fundamental ao superior, para que todos os jovens brasileiros possam disputar as vagas nas universidades públicas em pé de igualdade.

Fonte: Antonio Rodrigues/CMM
Foto: Plutarco Botelho/CMM


Permitida reprodução deste citada a fonte.
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