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O Dia da Independência do Brasil foi marcado pelo tradicional desfile cívico-militar no Centro de Convenções, o sambódromo de Manaus. Sob sol forte, pelo menos 100 mil pessoas acompanharam a solenidade, que marcou o encerramento da Semana da Pátria e do Amazonas.
A programação foi aberta às 9h, com a entrada do governador Eduardo Braga e do comandante Militar da Amazônia (CMA), General Augusto Heleno, acompanhados dos comandantes da Aeronáutica, Exército e Marinha, que desfilaram em carro aberto, inaugurando a parada militar, com apresentação de mais de 3,5 mil militares das Forças Armadas.
Depois do sobrevôo de um helicóptero Black Hawk, levando dois militares pendurados por um cabo com as bandeiras do Brasil e do Amazonas, foram iniciados os desfiles terrestres, com oficiais das três forcas e da Polícia Militar do Amazonas. Também entraram na avenida, alunos do Colégio Militar de Manaus a cavalo e com bandeiras históricas. Em seguida marcharam homens do grupamento de telemática do Exército com as bandeiras dos Estados brasileiros.
O desfile comemorativo também teve a participação de militares de nações vizinhas e amigas, com representações da Colômbia, Peru e Bolívia, que se apresentaram ao lado de autoridades militares brasileiras.
O governador falou de sentimentos de patriotismo e esperança, e ressaltou a importância de eventos que exaltem a Amazônia. “É importante ressaltar a importância da Amazônia para a soberania nacional e também a importância do povo amazônico para a soberania”, afirmou.
O evento também homenageou os oficiais da reserva das Forças Armadas e ex-combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB) que foram enviados para lutar na Segunda Guerra Mundial.
Na seqüência, marcharam alunos do Colégio Militar de Manaus (CMM) e do Colégio da Polícia Militar de Manaus (CPM), seguidos da banda do colégio. Desfilaram também os Fuzileiros Navais – que este ano completam 200 anos de existência no país-, e 78 homens com porta-símbolos, representando as unidades militares subordinadas ao CMA.
Participaram também, militares da ativa e da reserva do Centro de Instruções de Guerra na Selva (CIGS), com os animais de tração usados nos treinamentos, toda a corporação da Polícia Militar do Amazonas e do Corpo de Bombeiros. O encerramento foi marcado pelos sobrevôos de 14 aeronaves da Aeronáutica e de helicópteros do 4 º Batalhão de Aviação do Exército (Bavex).
O encerramento oficial da Semana da Pátria e do Amazonas ocorreu na Arena Amadeu Teixeira, às 17h, com o arreamento das bandeiras e o abafamento do Fogo Simbólico. Foram homenageados, como vulto estadual, o secretário José Melo, e como vulto nacional, o senador Jefferson Péres. A primeira-dama do Estado, Sandra Braga, foi homenageada como representante da mulher amazonense.
Tudo por amor à pátria
O famoso “grito do Ipiranga”, no dia 7 de setembro de 1822, marcou o fim do domínio português e a conquista de maior autonomia política para o Brasil. No dia 22 de dezembro daquele ano, d. Pedro foi aclamado imperador do Brasil. O país continuou com o regime de escravidão, mantendo distribuição desigual de renda e as mesmas elites políticas e sociais. Questões que até hoje preocupam e são combatidas pelos brasileiros.
Para a professora e coordenadora, Wissilene Brandão, não se cultiva o sentimento de patriotismo, bem como a importância do trabalho das forças armadas. “Esse sentimento só é cultivado quando tem jogo da seleção brasileira de futebol”.
O que é percebido pela professora, é confirmado pelo vendedor de bandeirinhas Ivan Oliveira, 46, que vendeu, ontem, mais de 100 bandeiras de plástico e de papel. “Eu sempre trabalho com a venda de bandeiras na Semana da Pátria e quando tem Copa do Mundo ou jogo importante da seleção. Mas vendo mais quando tem jogo mesmo”, confirmou.
Para a maioria das pessoas no sambódromo, a motivação foi mesmo a beleza do desfile. Para a auxiliar de serviços gerais, Francisca Castro, 58, o desfile chama a atenção. “Sempre assisto, mesmo enfrentando este sol”, completou. A dona-de-casa Maria Cácia, 67, demonstrou seu sentimento de amor à pátria. “É bom. Dá para agüentar o sol. Nós somos brasileiros, mesmo com os problemas, eu gosto daqui”, afirmou.
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