Fonte e foto: Agência EM TEMPO
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) resolveu entrar em ação para reverter o atual quadro de demissões que figura no Polo Industrial de Manaus (PIM). De acordo com dados da entidade, de setembro de 2008 a abril deste ano, foram somados mais de 17,6 mil dispensas.
Com o propósito de frear o ritmo de demissões, o presidente da CUT, Valdemir Santana, acionou o Ministério Público do Trabalho do Amazonas (MPT/AM) e a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/AM) para notificar todas as empresas que realizaram demissões no período. “Queremos que o empresariado justifique o motivo dos cortes de funcionários. Até agora não houve justificativas plausível para o grande número de desemprego”, ressaltou Santana.
Segundo ele, apenas uma empresa justificou os cortes, a Samsung SDI, que fabrica tubos de CRT para televisores. “Eles alegaram que a transição das TVs de tubo para as de LCD fez com que boa parte de seus colaboradores das linhas produtivas fosse dispensada”, explicou o representante sindical, ao relatar que, hoje, as placas e peças para montagem dessa tecnologia chegam todas prontas na linha de produção.
Exatamente por este motivo, as indústrias do setor eletroeletrônico do PIM encabeçam o ranking das maiores responsáveis pelo alto número de demissões (ver quadro). De acordo com a lista divulgada pela CUT, as seis primeiras posições são ocupadas por empresas do setor que é o maior em termos de faturamento do parque fabril local. Somente essas fábricas já colocaram quase oito mil trabalhadores fora do mercado de trabalho, segundo os números apontados pelo laboral.
Santana frisou ainda que a importação de placas prontas, por parte das indústrias, tem sido a grande responsável pelos cortes nas fabricantes de aparelhos eletrônicos. Ele afirmou que praticamente não se produz mais placas por aqui. “Ano passado foram importados mais de nove milhões de placas eletrônicas para DVDs, TVs, computadores e produtos da linha de áudio. O pior é que temos capacidade de produzir tudo isso aqui”, enfatizou.
>>Notificações
Até o final desta semana, o MPT/AM irá notificar um total de 200 empresas que realizaram demissões em massa nesses último sete meses. A lista com os nomes foi levantada e repassada ao órgão pelo próprio presidente da CUT. Além das indústrias de eletroeletrônicos, também estão na mira as fabricantes do setor de duas rodas, que receberam incentivos fiscais do governo estadual e federal para evitar demissões.
De acordo com o procurador-chefe do MPT, Audaliphal Hildebrando, a medida tem o objetivo de prevenir contra possíveis novas demissões em massa ocasionadas pela crise econômica mundial. “Os segmentos que receberam incentivos do Estado serão os mais cobrados, já que eles assinaram acordo de não-demissão. Queremos evitar que mais gente vá para a rua no distrito. É um presente do MPT pelo dia do trabalhador”, comentou.
Audaliphal explicou que o documento enviado nada mais é do que uma carta solicitando o cumprimento do acordo pelas empresas, e lembrando os prejuízos causados à sociedade com as demissões. Apesar do tom amistoso contido no documento, o procurador adiantou que ele está todo embasado juridicamente, prevendo, inclusive, punições para as empresas que insistirem na demissão sem justificativa.
Permitida reprodução deste citada a fonte.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) resolveu entrar em ação para reverter o atual quadro de demissões que figura no Polo Industrial de Manaus (PIM). De acordo com dados da entidade, de setembro de 2008 a abril deste ano, foram somados mais de 17,6 mil dispensas.
Com o propósito de frear o ritmo de demissões, o presidente da CUT, Valdemir Santana, acionou o Ministério Público do Trabalho do Amazonas (MPT/AM) e a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/AM) para notificar todas as empresas que realizaram demissões no período. “Queremos que o empresariado justifique o motivo dos cortes de funcionários. Até agora não houve justificativas plausível para o grande número de desemprego”, ressaltou Santana.
Segundo ele, apenas uma empresa justificou os cortes, a Samsung SDI, que fabrica tubos de CRT para televisores. “Eles alegaram que a transição das TVs de tubo para as de LCD fez com que boa parte de seus colaboradores das linhas produtivas fosse dispensada”, explicou o representante sindical, ao relatar que, hoje, as placas e peças para montagem dessa tecnologia chegam todas prontas na linha de produção.
Exatamente por este motivo, as indústrias do setor eletroeletrônico do PIM encabeçam o ranking das maiores responsáveis pelo alto número de demissões (ver quadro). De acordo com a lista divulgada pela CUT, as seis primeiras posições são ocupadas por empresas do setor que é o maior em termos de faturamento do parque fabril local. Somente essas fábricas já colocaram quase oito mil trabalhadores fora do mercado de trabalho, segundo os números apontados pelo laboral.
Santana frisou ainda que a importação de placas prontas, por parte das indústrias, tem sido a grande responsável pelos cortes nas fabricantes de aparelhos eletrônicos. Ele afirmou que praticamente não se produz mais placas por aqui. “Ano passado foram importados mais de nove milhões de placas eletrônicas para DVDs, TVs, computadores e produtos da linha de áudio. O pior é que temos capacidade de produzir tudo isso aqui”, enfatizou.
>>Notificações
Até o final desta semana, o MPT/AM irá notificar um total de 200 empresas que realizaram demissões em massa nesses último sete meses. A lista com os nomes foi levantada e repassada ao órgão pelo próprio presidente da CUT. Além das indústrias de eletroeletrônicos, também estão na mira as fabricantes do setor de duas rodas, que receberam incentivos fiscais do governo estadual e federal para evitar demissões.
De acordo com o procurador-chefe do MPT, Audaliphal Hildebrando, a medida tem o objetivo de prevenir contra possíveis novas demissões em massa ocasionadas pela crise econômica mundial. “Os segmentos que receberam incentivos do Estado serão os mais cobrados, já que eles assinaram acordo de não-demissão. Queremos evitar que mais gente vá para a rua no distrito. É um presente do MPT pelo dia do trabalhador”, comentou.
Audaliphal explicou que o documento enviado nada mais é do que uma carta solicitando o cumprimento do acordo pelas empresas, e lembrando os prejuízos causados à sociedade com as demissões. Apesar do tom amistoso contido no documento, o procurador adiantou que ele está todo embasado juridicamente, prevendo, inclusive, punições para as empresas que insistirem na demissão sem justificativa.
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