Foto: SESC-PE
Fonte: O Mundo de Alex Rocha
Recentemente, fui ao posto de saúde tomar a vacina contra a Rubéola e, com isso, ajudar a diminuir o número de faltosos da campanha de vacinação. Confesso que o ambiente médico/hospitalar não me agrada. O cheiro, a sensação estranha de mau-estar, da insalubridade como um todo. Talvez seja por isso que muitos evitam esse tipo de lugar. Não me refiro somente a hospitais e postos de saúde. Uma simples clínica é capaz de se tornar aversão para muita gente. E é justamente disso que falo hoje aqui no blog.
Não gosto de assistir às reportagens sobre medicina. Sou possuído por uma espécie de tique nervoso que começa nos dedos dos pés (parecem que eles enrolam pra baixo), e vai subindo até parecer que estou ficando inteiro do avesso. É uma sensação horrível. Também sinto isso quando falam sobre doença perto de mim. Principalmente as malignas. Certamente é uma área da qual eu nunca me atreveria a estudar. Mas por que estou falando disso?
Observo o quanto o ser humano é desleixado com a sua saúde. Não sou hipócrita e por isso digo que me enquadro nessa observação. Outro dia tiraram sarro de mim simplesmente porque disse que uma vez por ano faço exames de rotina para ver se está tudo em ordem comigo. O famoso check-up (vulgo checape). Justificaram a tirada de sarro explicando os problemas do serviço de saúde brasileiro, sendo que este não é capaz de atender toda vez que alguém quisesse fazer um exame de rotina. Tudo blá-blá que entrou por um ouvido e saiu por outro.
O ser humano se preocupa mais com a “saúde” do automóvel do que a dele próprio. Se o carro começou a ratear, este é levado na hora para a oficina. Um simples sinal de diferença no barulho do motor é sinal de preocupação. Gasta-se 200, 300, 500 reais ou mais em cada ida na oficina toda vez que o carro apresenta um comportamento diferente. Por outro lado, o indivíduo acha um absurdo pagar 40 reais em uma consulta médica para saber como anda o funcionamento do seu corpo.
E não é só o automóvel não. Tomamos as mais rígidas precauções de segurança com nossos computadores. Instalamos neles anti-vírus, anti-spyware, anti-adware, anti-o-escambau e por aí vai. Só nos falta colocar camisinha no cabo de rede. Tudo para não infectar nossos computadores com esses arquivos maliciosos. O problema é que determinado anti-vírus não consegue barrar a entrada de todos esses arquivos. Uns barram, outros não. Enfim, ficamos um bom tempo dedicados a uma limpeza de disco, uma instalação de programas que eliminam esses intrusos e, quando não tem mais jeito, a solução é formatar.
Mas e você? Se não tiver mais jeito vão te formatar? Até tem algo parecido: uma cirurgia de emergência. Mas digamos que isso seja a desfragmentação de disco de um computador. Com você não tem jeito. Um simples mal-estar poder ter graves consequências. Se seu carro ou o seu computador parar não será o mesmo que o seu corpo parar. Aí não tem oficina e não tem formatação que dê jeito. Se você toma as devidas precauções com seu automóvel antes de viajar, fazendo revisão geral porque se esquecer então do corpo? Qual a vantagem de no meio da viagem o seu carro continuar funcionando e você parar?
Mais uma vez reforço: eu me enquadro nesse desagradável time que não se importa com a saúde, pois confesso que não sou digno de dar exemplo aqui no blog. Apenas tive vontade de me expressar sobre o quanto damos importância para a “saúde” de coisas materiais e não damos a mínima para a nossa. Tudo bem, tudo faz mal. Tudo mesmo, pois determinado alimento causa isso, mas previne aquilo. Vai saber o que é bom de verdade. A própria medicina se contradiz várias vezes e não sabemos para onde ir. Aí junta tudo com o ambiente desagradável de hospital que faz com que as pessoas evitem. "Não estou doente, por que devo procurar um médico?". Espero que não procuremos por um tarde demais.
Permitida reprodução deste citada a fonte.
Fonte: O Mundo de Alex Rocha
Recentemente, fui ao posto de saúde tomar a vacina contra a Rubéola e, com isso, ajudar a diminuir o número de faltosos da campanha de vacinação. Confesso que o ambiente médico/hospitalar não me agrada. O cheiro, a sensação estranha de mau-estar, da insalubridade como um todo. Talvez seja por isso que muitos evitam esse tipo de lugar. Não me refiro somente a hospitais e postos de saúde. Uma simples clínica é capaz de se tornar aversão para muita gente. E é justamente disso que falo hoje aqui no blog.
Não gosto de assistir às reportagens sobre medicina. Sou possuído por uma espécie de tique nervoso que começa nos dedos dos pés (parecem que eles enrolam pra baixo), e vai subindo até parecer que estou ficando inteiro do avesso. É uma sensação horrível. Também sinto isso quando falam sobre doença perto de mim. Principalmente as malignas. Certamente é uma área da qual eu nunca me atreveria a estudar. Mas por que estou falando disso?
Observo o quanto o ser humano é desleixado com a sua saúde. Não sou hipócrita e por isso digo que me enquadro nessa observação. Outro dia tiraram sarro de mim simplesmente porque disse que uma vez por ano faço exames de rotina para ver se está tudo em ordem comigo. O famoso check-up (vulgo checape). Justificaram a tirada de sarro explicando os problemas do serviço de saúde brasileiro, sendo que este não é capaz de atender toda vez que alguém quisesse fazer um exame de rotina. Tudo blá-blá que entrou por um ouvido e saiu por outro.
O ser humano se preocupa mais com a “saúde” do automóvel do que a dele próprio. Se o carro começou a ratear, este é levado na hora para a oficina. Um simples sinal de diferença no barulho do motor é sinal de preocupação. Gasta-se 200, 300, 500 reais ou mais em cada ida na oficina toda vez que o carro apresenta um comportamento diferente. Por outro lado, o indivíduo acha um absurdo pagar 40 reais em uma consulta médica para saber como anda o funcionamento do seu corpo.
E não é só o automóvel não. Tomamos as mais rígidas precauções de segurança com nossos computadores. Instalamos neles anti-vírus, anti-spyware, anti-adware, anti-o-escambau e por aí vai. Só nos falta colocar camisinha no cabo de rede. Tudo para não infectar nossos computadores com esses arquivos maliciosos. O problema é que determinado anti-vírus não consegue barrar a entrada de todos esses arquivos. Uns barram, outros não. Enfim, ficamos um bom tempo dedicados a uma limpeza de disco, uma instalação de programas que eliminam esses intrusos e, quando não tem mais jeito, a solução é formatar.
Mas e você? Se não tiver mais jeito vão te formatar? Até tem algo parecido: uma cirurgia de emergência. Mas digamos que isso seja a desfragmentação de disco de um computador. Com você não tem jeito. Um simples mal-estar poder ter graves consequências. Se seu carro ou o seu computador parar não será o mesmo que o seu corpo parar. Aí não tem oficina e não tem formatação que dê jeito. Se você toma as devidas precauções com seu automóvel antes de viajar, fazendo revisão geral porque se esquecer então do corpo? Qual a vantagem de no meio da viagem o seu carro continuar funcionando e você parar?
Mais uma vez reforço: eu me enquadro nesse desagradável time que não se importa com a saúde, pois confesso que não sou digno de dar exemplo aqui no blog. Apenas tive vontade de me expressar sobre o quanto damos importância para a “saúde” de coisas materiais e não damos a mínima para a nossa. Tudo bem, tudo faz mal. Tudo mesmo, pois determinado alimento causa isso, mas previne aquilo. Vai saber o que é bom de verdade. A própria medicina se contradiz várias vezes e não sabemos para onde ir. Aí junta tudo com o ambiente desagradável de hospital que faz com que as pessoas evitem. "Não estou doente, por que devo procurar um médico?". Espero que não procuremos por um tarde demais.
Permitida reprodução deste citada a fonte.
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