De: Jerry Araújo. E-Mail: jerrymao_nxsp@limao.com.br
Os mototaxistas são uma categoria que sofrem restrições, deste o dia 31 de Novembro de 2008, com a 'explosão' da greve geral do sistema de transporte coletivo de Manaus, eles começaram a circular em todas as zonas da cidade. Culpa do péssimo sistema de transporte coletivo, onde a população tem de recorrer a alternativas, como o transporte executivo, transporte alternativo (zona leste), lotação em carros e kombis disfarçadas nas demais zonas e agora, com os mototaxistas.
De acordo com a lei 6.997 de 1998, os mototaxistas só poderão circular em cidades pequenas, ou seja, a categoria não poderá circular em capitais dos estados. Mas isso é ignorado na cidade de Manaus. Ontem, o Manaus em Notícia viu vários mototaxistas circulando na avenida João Paulo I, no bairro do Alvorada, zona centro-oeste e na avenida Tefé, no bairro da Cachoeirinha, zona centro-sul de Manaus.
''É o único modo de sustentar nossa família, se não continuarmos com o nosso ganha-pão, não poderemos alimentar e pagar as contas das nossas famílias'', disse um mototaxista da Associação de Mototaxistas do Novo Israel, circulando no Alvorada.
''A prefeitura e o IMTU não estão nos fiscalizando, antes só poderíamos circular na zona leste e no Nova Cidade, depois da greve, a categoria triplicou e tomou conta da cidade, foi o povo que pediu, o povo está cansado de usar o ônibus, porque não oferece condições adequadas para os passageiros, esses ônibus são podres; se não fosse isso, não existiria os alternativos, os executivos e as lotações'', disse outro mototaxista.
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Placas com horários de linhas abandonadas na cidade
Fonte e Foto: Fiscais do IMTU
A idéia original não era ruim: o ex-presidente do IMTU, Marcelo Ramos, colocou placas com os quadros de horários em alguns Terminais de Bairros, em julho de 2007. O objetivo era que os usuários cobrassem das empresas a regularidade dos horários e, de certa forma, também pressioná-las a oferecer um melhor serviço a população. Os bairros Armando Mendes, Betânia e o Campus Universitário da UFAM foram alguns terminais contemplados.
Se por um lado as palcas era uma arma de reinvidicação dos usuários, para os operadores era um transtorno. Os administradores de linhas (também conhecidos como "despachantes") não tinham como cumprir o quadro em horários de pico ou se algum ônibus sofresse pane mecânica.
Depois de um tempo as placas foram alvos de pedredação pelos usuários ou mesmo pelos operadores (motoristas e cobradores). Não houve consertos ou substituição. Hoje elas são lembranças de uma boa idéia que, na prática, foi impraticável.
A experiência nos ensina que não adianta cobrar melhoria do transporte sem oferecer as condições necessárias para sua execução. Devemos ter um trânsito que favoreça o tráfego de ônibus coletivos. Cobrar das empresas manutenção preventiva de seus veículos também é necessário. Mas acredito que deve haver, acima de tudo, maior diálogo entre os gestores do transporte e os usuários.
Veja aqui a matéria que fizemos sobre a instalação das placas no Armando Mendes em 2007.
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