O diretor social do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Amazonas (STTR), Givanci de Oliveira, anunciou, ontem, que se o prefeito Amazonino Mendes se comprometer em fazer outra licitação para contratar outras empresas para o transporte coletivo, o sindicato não entrará com ação no Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) para retirar a Transmanaus do sistema.
No dia 17 de dezembro, o juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública Municipal, Cezar Luiz Bandiera, suspendeu o contrato de concessão de serviços da empresa com o município e determinou que fosse realizada uma nova licitação. Ele atendeu a uma Ação Civil Pública (ACP) do MPE, que pede mais apurações sobre irregularidades na Transmanaus.
De acordo com Givanci, o juiz concedeu a liminar com base em laudos técnicos e a ação que estava sendo elaborada pelos rodoviários serviria como complemento e apresentação de fatos concretos, além de apontar os prejuízos causados à cidade pela Transmanaus.
Ele contou que se reuniu, na última segunda-feira, com o presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Luiz Alberto Carijó (PTB), e foi informado da realização de outra licitação.
Empresários
O diretor-executivo do Sindicato das Empresas de Transportes Coletivos de Manaus (Sinetram), César Tadeu Teixeira, disse que a empresa não vai se pronunciar porque ainda não recebeu nenhuma notificação sobre uma outra licitação. "Nós não vamos comentar uma coisa hipoteticamente. A única coisa que vamos fazer é continuar trabalhando e cumprindo o nosso trabalho", disse.
Prefeitura
O secretário municipal de Infra-Estrutura, Américo Goarayeb, informou por meio de sua assessoria que o problema do transporte público em Manaus é complexo e ainda está sob fase de avaliação. Ele disse que tão logo essa avaliação seja feita, o prefeito Amazonino Mendes irá se pronunciar.
Motoristas cobram soluções
De acordo com o diretor social do Sindicato dos Rodoviários, a categoria está reivindicando, há muito tempo, por melhorias nos serviços prestados pela Transmanaus. No fim do ano passado, eles entraram em greve para pressionar os empresários a pagar o 13º salário dos trabalhadores.
Para chamar a atenção da prefeitura e das autoridades, os rodoviários fizeram manifestações nas garagens dos ônibus com o objetivo de protestar contra a administração do presidente do Sinetram, Acyr Gurgacz.
"Ainda existem muitas irregularidades nessa empresa e nós queremos que ela saia do sistema", disse Givanci.
Estudantes vão esperar
O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), Luiz Alberto Carijó (PTB), informou por meio da sua assessoria que ainda não vai se pronunciar sobre o projeto de lei que diminui a quantidade de 120 para 40 meias-passagens estudantis. Ele alega que no momento está resolvendo problemas administrativos da Casa.
Enquanto isso, os líderes da União Estadual dos Estudantes (UEE), União Municipal dos Estudantes (Umes) e representantes de centros acadêmicos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Universidade do Estado do Amazonas (UEA) aguardam o parecer do presidente da CMM.
No final de 2008, os estudantes fizeram vários atos de protesto para evitar que a quantidade de passagens estudantis fosse reduzida. Eles chegaram a invadir a Câmara e jogar batatas, ovos e tinta nos vereadores para tentar impedir que o projeto fosse aprovado.Permitida reprodução deste citada a fonte.