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domingo, 4 de janeiro de 2009 | 4.1.09 WIB Last Updated 2009-01-05T19:00:55Z
Fonte: Turma da Pele
A fotoproteção é de fundamental importância para evitar vários problemas de pele (entre eles, o câncer da pele).

O câncer da pele é o mais comum de todos os cânceres e o aumento da sua incidência deve-se à modificações do comportamento das pessoas em relação à exposição ao sol. Muitos ainda acham que estar bronzeado é sinal de saúde mas, na realidade, ele é resultado do esforço da pele para aumentar a proteção contra os efeitos lesivos da radiação solar. Dessa forma, ao mesmo tempo em que o bronzeado se desenvolve, já ocorreu dano permanente nas células que, posteriormente poderá se manifestar sob a forma de rugas, manchas e, até mesmo, câncer da pele. Não podemos ainda esquecer que, com a diminuição da camada de ozônio, estamos perdendo um forte aliado na filtração dos raios ultravioletas.

Existem 3 tipos de câncer da pele

Carcinoma basocelular (CBC), carcinoma espinocelular(CEC) e melanoma maligno(MM). O CBC e CEC são as neoplasias mais freqüentes da pele e estão diretamente relacionadas com exposições solares freqüentes ao longo dos anos em pessoas de pele clara. As lesões ocorrem principalmente nas áreas mais fotoexpostas como face, pescoço, dorso, antebraços e mãos. Já o melanoma maligno, o mais agressivo e temido entre os cânceres da pele, tem sido relacionado a exposições solares intensas, com queimaduras solares dolorosas e com bolhas, durante a infância e adolescência.

Dentro do espectro solar, a radiação ultravioleta B (RUVB) é a responsável pela maioria dos efeitos carcinogênicos (que dão origem ao câncer) na pele. A RUVB é mais intensa entre 10 e 16 horas, sendo aconselhável evitar exposição solar durante este período. A radiação ultravioleta A (RUVA) induz ao fotoenvelhecimento e parece estar relacionada com o desenvolvimento do melanoma maligno. Uma diferença importante entre a RUVA e RUVB é que a intensidade da RUVA é a mesma durante todo o dia e também não muda com a estação do ano

Assim, é de extrema importância a utilização regular de protetores solares diariamente, em todos os dias do ano, a qual deve ser iniciada a partir dos 6 meses de idade. Os fotoprotetores eram encarados como cosméticos até o FDA classificá-los como drogas que pretendem proteger a estrutura e função da pele humana contra os danos causados pelo sol.

Os filtros solares podem ser químicos (contêm substâncias que absorvem a luz solar) ou físicos (contêm substãncias que refletem e dispersam a radiação ultravioleta). O fotoprotetor ideal deve ter FPS de no mínimo 15 e ser de amplo espectro (deve absorver ou bloquear as radiações ultravioletas A e B). Os veículos podem ser creme, loção, spray ou gel e sua indicação vai depender do tipo de pele e região do corpo onde será utilizado.

Os fotoprotetores devem ser aplicados 30 a 45 minutos antes da exposição solar e reaplicados a cada 2 horas de exposição contínua ou após transpiração excessiva e mergulhos prolongados. Não economize na quantidade a ser aplicada. Uma camada muito fina de fotoprotetor não é suficiente para uma fotoproteção adequada! Saiba que o sol é a principal causa de 90% de todos os cânceres da pele!

A seguir, uma breve descrição sobre os 3 tipos de câncer da pele.

Carcinoma basocelular(CBC):

  • É o câncer de pele mais comum. Se for detectado precocemente, é muito provável que seu dermatologista consiga curá-lo.
  • Pode se manisfestar sob a forma de uma pápula (bolinha) com superfície perlácea (aspecto perolado) ou de uma ferida que não cicatriza.
  • Seu dermatologista pode remover a lesão com uma pequena cirurgia.

Carcinoma espinocelular(CEC):

  • É o segundo tipo mais comum de câncer da pele. Também é provável que seu dermatologista consiga curá-lo se detectado precocemente, mas o CEC pode “espalhar”, podendo causar até morte.
  • Pode apresentar-se como uma placa endurecida, crostosa, ferida.
  • Pode ser removido com cirurgia ambulatorial.

Melanoma:

  • Embora seja o câncer da pele menos comum, é o mais perigoso, podendo causar mortes. Se você tem história familiar desse tipo de câncer, você pode tê-lo mesmo sem ter se exposto ao sol!
  • Pode se apresentar como uma lesão enegrecida, com bordas mal delimitadas, com cores e diâmetros que podem se alterar com o tempo.
  • As pessoas mais propensas a este tipo de câncer da pele são aquelas com pele clara, que tiveram vários episódios de queimaduras solares com bolhas quando crianças ou pessoas com história familiar de melanoma
  • O tratamento é cirúrgico e vai depender da gravidade do caso.

Dessa forma, é muito importante que você saiba a diferença entre um sinal “inofensivo” e um melanoma. O auto-exame pode ajudar a detectar um melanoma precocemente. Fique atento às mudanças de aparência, cor, forma e tamanho das suas “pintas”.

Para facilitar este auto-exame, existe o ABCD do melanoma:

Assimetria
Borda
benigno
maligno
maligno

Alguns melanomas malignos são assimétricos no estágio precoce.
Já os sinais são redondos e simétricos.

benigno
maligno
maligno

Normalmente, os melanomas malignos apresentam bordas irregulares. Os sinais, pelo contrário, têm bordas lisas e regulares.
Cor
Diâmetro
benigno
maligno
Tons que variam entre castanho escuro e preto são, freqüentemente, o primeiro indício de um melanoma maligno. Os sinais apresentam só um tom de castanho.
benigno
maligno
O melanoma maligno tem, muitas vezes, diâmetro superior a
6 mm. E os sinais não passam de 6 mm: dimensões de uma borracha de lápis.

Assim, uma fotoproteção adequada, o “auto-exame” e consultas regulares ao dermatologista podem ajudar você a evitar problemas sérios como o câncer da pele!

Método para a realização do auto-exame

  1. Observe sua face, especialmente o nariz, lábios, boca e orelhas. Observe em seguida o couro cabeludo e o pescoço em toda a sua extensão;
  2. Cheque suas mãos com cuidado, incluindo os dedos e debaixo das unhas, checando os antebraços e braços em toda a sua extensão;
  3. Observe seu tórax. Se você é mulher, examine as mamas incluindo a região inferior;
  4. Para observar as costas, use o espelho de mão refletindo sua imagem no espelho longo. Faça uma exploração completa descendo da altura do pescoço até a região lombar (parte inferior das costas);
  5. Continue observando atentamente as pernas até os pés. Sente ao final e examine com cuidado os pés incluindo os dedos e as unhas. Finalmente, observe a área genital com o auxílio do espelho de mão.

Atenção: Esse exame tem caráter meramente educativo. Somente um médico está habilitado a dar um diagnóstico preciso. Na presença de qualquer um dos sinais ou sintomas vistos acima, procure imediatamente seu dermatologista!

Orientações da Dra. Carla Skromov de Albuquerque, médica dermatologista formada pela Santa Casa de São Paulo. Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Permitida reprodução deste citada a fonte.
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