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Cotidiano>> Em Manaus, 'Grande Cheia' pode atingir mais de 50 mil pessoas

quinta-feira, 16 de abril de 2009 | 16.4.09 WIB Last Updated 2010-02-08T18:41:35Z
A Defesa Civil está em Beijamin Constant para avaliar o caos que se instalou na cidade.
Foto: Agência Rede Amazônica/Portal Amazônia
Fonte: Agência Brasil/EBC, em Brasília
As chuvas que atingem a Região Norte nos últimos dias e que já deixaram milhares de desabrigados devem se agravar até junho, mês de maior alta do nível dos rios da Amazônia. A capital do Amazonas, Manaus, deve enfrentar a pior cheia desde 1953, com elevação de mais de 3 metros no nível do rio Negro, que corta a cidade. "Não queremos fazer catastrofismos mas, pelo andar da carruagem, a situação é muito preocupante", avaliou ontem o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

Em 1953, o nível do rio Negro chegou a 29,68 metros, número que pode ser superado este ano, de acordo com as previsões do Serviço Geológico do Brasil. “A persistir a tendência, com 70% de probabilidade de acerto, o nível do rio pode ficar entre 29,33 metros e 30,03 metros”, detalhou o diretor-presidente da entidade, Agamenon Dantas.

Nos últimos meses, o volume de chuvas em algumas regiões da Amazônia chegou a ficar 500 milímetros acima da média no primeiro trimestre do ano. A previsão para Manaus nos próximos 7 dias é de 400% a mais de chuva que o normal para o período.
Segundo o superintendente do Serviço Geológico em Manaus, Marco Oliveira, se o nível do rio chegar ao patamar da cheia de 1953 – 29,68 metros – a inundação afetará pelo menos 50 mil pessoas na capital, principalmente a população que vive em palafitas ao redor de dois grandes igarapés (braços do rio) na área urbana.

De acordo com o ministro do Meio Ambiente, as autoridades estaduais e municipais já foram alertadas para o risco do desastre. "Queremos evitar que se repita a tragédia que aconteceu em Santa Catarina. Dessa vez não se poderá dizer que foi por falta de aviso. Avisamos com 60 dias de antecedência", apontou.

A Secretaria Nacional de Defesa Civil já começou a enviar auxílio para o Estado, de acordo com secretário Roberto Guimarães. O repasse incluiu 312 toneladas de alimentos e 450 mil itens dos chamados "kits de desabrigagem", como colchões, lençóis, travesseiros e materiais de desinfecção.

"A Defesa Civil está pronta para responder em caso do acontecimento [a enchente]. Estamos preparados para alimentar, abrigar e medicar", afirmou Guimarães. A Sedec não descarta a retirada de pessoas que vivem nas áreas de risco e mobilização de outros órgãos do governo federal no atendimento às possíveis vítimas.

Permitida reprodução deste citada a fonte.
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