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Econômico>> Pequenos vão sofrer mais com redução de jornada, diz empresário

sexta-feira, 5 de março de 2010 | 5.3.10 WIB Last Updated 2010-03-06T02:54:43Z
O presidente do Sindicato da Indústria Relojoeira do Amazonas, Nelson Azevedo, disse ontem que a classe patronal está preocupada com o impacto da eventual aprovação da redução da jornada de trabalho sobre as empresas do Estado, principalmente as micro e pequenas que, segundo ele, não terão como repassar o aumento do custo do trabalho. A proposta de emenda constitucional (PEC 231/95) que reduz a jornada semanal de 44 para 40 e aumenta o valor da hora extra de 50% para 75% está pronta para ir à votação na Câmara dos Deputados.

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Azevedo, que é vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) e membro do Conselho de Integração Nacional da Confederação Nacional da Indústria (CNI), disse que, num mercado globalizado onde a concorrência é acirrada, o aumento nos custos de produção pode excluir essas empresas do mercado, extinguindo com isso muitos empregos. “Para evitar a sua morte prematura, elas tenderão a adotar outras opções que compensem o aumento dos custos, como a redução do seu contingente de empregados e o investimento em mecanização e automação”. No segmento, segundo ele, o trabalho participa com parcela expressiva do custo de produção.

Para o empresário, trata-se de um grande equívoco dos dirigentes das centrais sindicais lutarem pela aprovação da PEC com o intuito de criar empregos. A medida, na opinião dele, contraria completamente o bom senso que deve nortear as decisões que visem alterar o relacionamento entre as classes patronal e trabalhadora. “Todos sabemos que é impossível se adotar uma jornada única para situações tão diferentes, conforme a região do país e o tamanho dos empreendimentos”, diz.

O empresário diz que tem participado ativamente das discussões sobre o tema dentro da CNI – “onde está o eco a indústria brasileira” – e afirma que os empresários não são contrários à redução da jornada de trabalho resultante de negociações coletivas com os trabalhadores. “O que não concordamos é com a alteração da jornada de trabalho de forma impositiva”.

Representante de um setor do Polo Industrial de Manaus (PIM) que gera cerca de 1.500 empregos, como o relojoeiro, Nelson Azevedo diz que o que gera emprego é o crescimento econômico, com desenvolvimento em tecnologia, com políticas que favoreçam investimentos na produção e a garantia de educação básica e profissional de boa qualidade para o trabalhador. “A falta de qualificação do trabalhador, exigência da força das transformações necessárias à modernização, é o principal obstáculo ao preenchimento de vagas”, diz ele. Para o empresário, em vez de estimular a criação de novos empregos, a redução da jornada de trabalho impositiva provocará o encarecimento da produção, a falta de competitividade com os produtos importados, a perda de mercados e o desestímulo a maiores e melhores investimentos geradores de empregos.

Fonte: Ass. de Comunicação Sistema FIEAM


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